Um erro crasso tem se repetido em sanitários ditos acessíveis e prejudicado pessoas com mobilidade reduzida: o uso do vaso sanitário com fenda frontal. A provável origem do erro dá-se nos ambientes hospitalares, que possuem vasos com a abertura na frente para facilitar a ajuda por outra pessoa na higiene do paciente.

A confusão começou quando banheiros públicos chamados de adaptados ou acessíveis passaram a trazer o modelo do vaso sanitário hospitalar. O desconforto passou a ocorrer por causa da abertura, que faz a urina escorrer para fora da louça. Quando isso acontece não se tem apenas uma situação de falta de higiene, mas também de perigo, já que o piso fica molhado.

O local acessível deve estar de acordo com a Norma de Acessibilidade ABNT NBR 9050/2015 e Decreto Lei 5296-2004 que define o conceito de desenho universal. Para sanitários acessíveis e adaptados, deve-se levar em consideração as dimensões mínimas necessárias do ambiente, a instalação correta das barras de apoio, altura do vaso adequada, instalação de equipamentos como espelho, papeleira entre outros conforme exigências da norma.

Inventar adaptações pode resultar em erro, por isso conhecer a Norma de acessibilidade assim como distinguir os produtos hospitalares de equipamentos usados em espaços acessíveis pode proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente da limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário e equipamentos.

NBR 9.050/2015

A Associação Brasileira de Normas Técnicas publicou em outubro deste ano uma revisão da NBR 9.050, que substituiu a versão de 2004. A Norma de 2015 estabelece critérios e parâmetros para os projetos, construções, instalações e adaptações do meio urbano e rural e das edificações às condições de acessibilidade. Esta atualização traz com clareza no item 7.7 de Bacia sanitária a não permissão do uso de assentos com abertura frontal.