Alta complexidade e busca constante por atualização ao que há de mais moderno no mercado caracterizam este serviço como um dos mais difíceis para a engenharia e arquitetura
Projetar e construir um hospital são tarefas de altíssima complexidade e que exigem um planejamento organizado para que as normas sejam respeitadas e, principalmente, para que o espaço cumpra seu papel de maneira eficiente perante a sociedade. Imagine agora gerenciar este serviço, do início ao fim?!
Dentre tudo o que deve ser pensado antes de uma obra hospitalar ser iniciada, reformada ou expandida, a primeira coisa a ser feita pelos profissionais envolvidos no projeto é pensar de maneira bastante ampla: quais serviços serão realizados no local e como será o funcionamento de modo geral.
Por causa da magnitude e dos parâmetros funcionais rigorosos, da complexa rede de instalações, o planejamento deve ser realizado por uma equipe de diferentes profissionais (engenheiros, arquitetos, físicos, técnicos na área médica, médicos) e de maneira colaborativa, para que os projetos sejam completos e detalhados, compatíveis e foquem o mesmo objetivo: prolongar a vida útil do local.
Como são obras de grande porte e alta complexidade – imagine a quantidade de instalações hidráulicas, elétricas, de climatização e tecnologia da informação, para citar apenas alguns exemplos – os hospitais precisam ter um projeto que contemple todas as necessidades dos pacientes, acompanhantes, profissionais e demais usuários.
Humanização é um termo bastante utilizado neste caso, pois está em diferentes etapas da construção do estabelecimento. Antes do início das obras, é importante que a equipe de operação do hospital seja ouvida e oriente a de construção sobre como será o acolhimento aos pacientes.
Dependendo do tipo de obra, é possível que já exista um Plano Diretor Hospitalar. Este documento traz as normas e diretrizes que regem o funcionamento correto do hospital em relação ao atendimento, serviços, tecnologia, administração e outros quesitos.
A princípio, a equipe de projetistas deve fazer um levantamento dos itens que formam o hospital, como por exemplo, o percurso que o paciente percorrerá desde a entrada até o seu destino, que pode ser um atendimento de emergência ou uma cirurgia marcada com antecedência; onde será feito o primeiro contato (recepção); qual o procedimento se o paciente não estiver acompanhado, entre outros.
Etapas
Após o projeto, é importante tomar certos cuidados fundamentais para uma construção com qualidade e eficaz:
A humanização acompanha todo o processo, passa pela iluminação adequada, implantação de áreas verdes, eficiência das instalações, baixo nível de ruído, privacidade, bem-estar de todos os usuários, segurança, entre outros itens, que contribuem para que o ambiente seja saudável.
Hospitais e seu histórico
De acordo com o Ministério da Saúde, o hospital deve ter alguns itens para ser caracterizado como tal. Entre eles estão: o projeto arquitetônico deve ser compatível com as funções e amigável aos usuários, ter unidades de tratamento intensivo e semi-intensivo, ter unidades de internação, centro cirúrgico, unidade de emergência, unidade de apoio diagnóstico e terapêutico, unidade de atenção ambulatorial, unidade de assistência farmacêutica, unidade de cirurgia ambulatorial, unidade de hospital dia e unidade de atenção domiciliar terapêutica.
Infelizmente, nem todos os hospitais brasileiros possuem estas características (básicas) ou contam com infraestrutura adequada, equipamentos necessários, serviço qualificado ou, até mesmo, profissionais o suficiente para fazerem o atendimento.
Mas já foi pior! Antigamente, as unidades de saúde (em muitos lugares no mundo) eram entendidas como espaços de segregação entre pessoas doentes e sadias, onde os pacientes simplesmente esperavam pela morte. Era também local de abrigo de pobres, “loucos” e prostitutas.
Apenas recentemente – no contexto da história da humanidade – o hospital passou a ser compreendido como um local destinado à cura e ao tratamento de doenças e a ter a humanização como base para construção e funcionamento. Atualmente, o foco deve ser o paciente e o projeto deve prezar pelo bem-estar, qualidade do atendimento, criação de espaços agradáveis, conforto e eficiência no diagnóstico e tratamento de doenças.
Elaboração de um projeto hospitalar
Diretrizes:
– flexibilidade: para a constante inserção de novas tecnologias médicas e nas instalações;
– expansibilidade: o projeto deve considerar o hospital como uma estrutura em crescimento;
– modulação: para que se tenha espaços racionalizados, otimização de custos e materiais, organização da setorização, contiguidade e expansibilidade;
– contiguidade: posicionamento integrado de setores diminui distâncias percorridas e agiliza o atendimento;
– conformidade: respeitar normas técnicas e legislação vigentes.
Requisitos:
– ergonômicos: respeito às especificações dimensionais, assim como os mobiliários e aparelhos médicos;
– psicológicos: o hospital deve auxiliar na recuperação do paciente e ser funcional, sem esquecer do bem-estar dele e demais usuários;
– tecnológicos: usar tecnologias atuais em todas as etapas, da construção à instalação de equipamentos;
– econômicos: estar dentro do orçamento e atender ao público com eficiência e qualidade.
Case e o trabalho da S4C
Recentemente, a S4C Construções terminou um serviço de Gerenciamento de Obra Hospitalar, que durou dois anos aproximadamente e foi realizado no Centro de Medicina Diagnóstica e Preventiva de São José do Rio Preto (a 440 KM de São Paulo). O local possui 4.387,66 m2, sendo 1912,62 m2 de área construída.
O trabalho teve início com a participação da S4C no processo de licitação para contratação de uma empresa para a construção de um centro de diagnósticos.
Este é um serviço especial realizado pela S4C, pois quem o executa precisa ter um amplo conhecimento técnico das normas da ABNT e das resoluções de órgãos específicos.
Resumidamente, a S4C trabalha para: