Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016 exigiram que a administração do Rio de Janeiro repensasse a acessibilidade e tornasse pontos turísticos, praias, instalações olímpicas e vias públicas accessíveis para todos os públicos poderem circular com segurança, conforto e autonomia.
A acessibilidade foi envolvida desde os projetos até a etapa de finalização das obras e precisou passar por testes para ter sua qualidade garantida.
Desde o desembarque em aeroportos, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida temporária ou permanente terão atendimento preferencial. No Rio, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Amazonas e Brasília, os aeroportos receberam o Guia de Direitos e Acessibilidade do Passageiro, que esclareceu todas as medidas que deveriam ser tomadas para receber atletas e turistas com deficiência.
Já o Ministério do Turismo e a Secretaria de Direitos Humanos criaram o Guia Turismo Acessível para ser consultado pelos atletas e turistas em relação aos hotéis, pontos turísticos, restaurantes, parques e outros locais acessíveis.
Especificamente no Rio de Janeiro, a Prefeitura divulgou investimento para várias ações, como por exemplo, 4000 metros quadrados de calçadas acessíveis e 5800 metros quadrados de pavimento em concreto na entrada das principais atrações turísticas da cidade – Pão de Açúcar, Corcovado, Jardim Botânico e praias da Barra da Tijuca e Copacabana.
Além das obras de nivelamento de vias e calçadas, foram feitas instalações de rampas e pisos táteis, retiradas de interferências e readequações de vagas de estacionamento e pontos de ônibus. Somente no Centro foram instaladas 350 rampas e feitos 150 rebaixamentos de calçadas.
No quesito transporte público, os BRTs (Bus Rapid Transit) têm paradas no mesmo nível das estações, pisos antiderrapantes e sinalização sonora e visual. Já o VLT possui piso baixo para cadeirantes e paradas com rampas suaves antiderrapantes.
As arenas e ginásios onde as competições das Paralimpíadas ocorrerão são acessíveis, mas cada um tem suas especificações. No Parque Olímpico, o Comitê Olímpico e a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência fizeram um trabalho com os colaboradores e voluntários por meio de workshops sobre acessibilidade e a importância de todo o público ser atendido com eficiência.
As áreas comuns têm amplos acessos diretos, rampas suaves, rotas acessíveis, elevadores, guias de balizamento, banheiros, comunicação e sinalização táteis, espaços para cadeirantes nas arquibancadas, assentos para obesos, entre outros. Os cães-guia também terão seu espaço reservado logo ao lado do seu dono, uma novidade no Brasil.
Veja mais itens de acessibilidade disponíveis:
– assentos – todas as instalações onde os Jogos Paralímpicos ocorrerão terão assentos acessíveis;
– sanitários – também estarão disponíveis em todos os ginásios. Haverá ainda os sanitários extra-acessíveis, que possuem maca e guincho destinados à transferência de pessoas;
– condução – cadeiras de rodas estão disponíveis para quem precisar utilizá-las para chegar aos assentos. Também poderão ser usadas para condução de deficientes visuais;
– empréstimo de cadeira de rodas – haverá este serviço gratuito nos parques olímpicos da Barra e de Deodoro;
– armazenamento – carrinhos de bebê não são permitidos nas arquibancadas, portanto, os balcões de informações terão espaço para serem guardados. Além dos carrinhos, cadeiras de rodas, cadeiras motorizadas, bebês conforto e outros equipamentos e objetos poderão ser guardados;
– recarga de cadeiras motorizadas – haverá estações de recarga disponíveis, mas cada pessoa deverá ter seus aparelhos em mãos, como cabos e adaptadores;
– carrinhos de golfe – algumas instalações terão carrinhos acessíveis para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;
– sanitário para cães – haverá um espaço dedicado especialmente para o sanitário dos cães-guia, que poderão ser indicados pelos voluntários.
Comentários e audiodescrição – Em locais onde a competição precisar de silêncio e houver atletas com deficiência visual, haverá o serviço de Sport Radio, que funciona como uma emissora de rádio, com comentaristas com treinamento em audiodescrição que poderão narrar as competições ao vivo.
A audiodescrição também estará disponível durante as cerimônias para que todos tenham uma experiência completa. Para ter acesso, basta que a pessoa tenha um dispositivo com frequência FM.
Saiba mais: https://www.rio2016.com/acessibilidade
Fontes: